quinta-feira, 9 de maio de 2013

Casa arrumada é assim:

Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas...
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo:
Aqui tem vida...
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante, passaporte e vela de aniversário, tudo junto...
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos...
Netos, pros vizinhos...
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia.
Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.
Arrume a sua casa todos os dias...
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela...
E reconhecer nela o seu lugar.


Carlos Drummond de Andrade (1902-1987)



quarta-feira, 8 de maio de 2013

8 maneiras de fazer um jardim vertical

Os jardins verticais têm conquistado espaço no paisagismo brasileiro. Eles foram criados para amenizar a falta de áreas verdes nos centros urbanos e também para modificar a paisagem de locais com espaços pequenos.
O jardim vertical é um sistema que pode revestir qualquer tipo de parede ou muro interna ou externamente. Os sistemas podem possuir irrigação automatizada por gotejamento ou o cuidado pode ser feito manualmente, dependendo do tamanho.
A fachada externa verde é uma ótima forma de revitalizar edifícios e combater as ilhas de calor urbano. No caso de paredes internas, a parede verde pode purificar e limpar o ar, pois retém compostos orgânicos voláteis (COV), materiais particulados, fumaça de cigarro, além de manter o conforto térmico agradável.
O CicloVivo separou oito sistemas de jardins verticais que já chegaram ao mercado brasileiro. Cada um deles possui características específicas.
1. Blocos Pré-Moldados
O método de bloco pré-moldado foi criado pela empresa Neo Rex. Eles existem em dois modelos: bloco de concreto fundido, com jardineiras contínuas, e o bloco de concreto socado, com jardineiras em zigue-zague. “Ambos os modelos podem ser instalados rente a muros impermeabilizados ou até sem nenhum apoio, pois os blocos têm nichos para passar vigas de sustentação” explica Roberto Hess, diretor da empresa em entrevista à Revista Natureza. Veja como eles funcionam:
2. Técnica Wall Green
O sistema Wall Green é vendido em kits, que deve ser montado por um sistema de encaixe e forma uma estrutura com capacidade para receber 18 plantas. O sistema modular é do tipo faça você mesmo, e você pode compor jardins verticais ou horizontais, da maneira que preferir. A estrutura é de plástico injetado e pode ser fixada em diferentes tipos de superfícies. O vaso e o sistema de regas precisam ser adquiridos separadamente. O kit pode ser comprado pelo site da Thermogreen.
3. Green Wall Ceramic
A técnica da empresa Green Wall Ceramic utiliza blocos cerâmicos que podem ser fixados em paredes em muros utilizando argamassa. É necessário descascar a pintura da parede para que o bloco seja fixado mais facilmente. Após a instalação é necessário impermeabilizar o painel com produtos atóxicos, como os utilizados em reservatórios de água, para não prejudicar as plantas. As jardineiras podem ser pintadas ou receberem outro tipo de acabamento. Para painéis grandes, é necessário instalar um sistema profissional de irrigação por gotejamento.
4. Treliças e Vasos
Para construir este jardim vertical é necessário primeiramente chumbar uma treliça metálica à parede ou muro. Depois disso é só pendurar vasos meia lua à treliça. A treliça metálica precisa ser tratada para resistir às intempéries. Se o jardim for grande e alto, será preciso investir em um sistema de irrigação. Também pode ser utilizada a tela de alambrado, que já vem pronta e tratada, para utilizar este método. O paisagista Alex Hanazaki é especialista na técnica.
5. Técnica PET
Este método, desenvolvido pelo arquiteto Marcelo Rosenbaum, reutiliza garrafas plásticas para compor um lindo jardim vertical. A sugestão é ideal para casas que não têm grandes áreas para jardins. Além disso, se torna também uma solução para os resíduos, que deixam de ser descartados e ganham uma utilidade diferente da original. As garrafas ficam suspensas, amarradas em cordas de varais.
6. Fibra de Coco
Esta técnica é perfeita para espaços pequenos como varandas e apartamentos. Por ser confeccionada por um material natural, parte dela pode ficar aparente, sem prejudicar o visual. Deve-se impermeabilizar a parede que vai receber o painel antes. O painel de fibra de coco pode ser parafusado na estrutura. A empresa Coquim comercializa as peças para todo o Brasil.
7. Técnica Vasos Meia Lua
Este sistema é ideal para decorar pequenos espaços. “A distribuição dos vasos depende do estilo e do gosto particular” explica a ceramista Vanisa Cury à Revista Natureza. Utilizar vasos do mesmo material é uma boa solução para garantir a harmonia do jardim vertical, porém não existem regras. No site do paisagista Bruno Carettoni também é possivel encontrar muitas ideias.
8. Técnica Quadro Vivo
Os quadros verdes foram desenvolvidos pela paisagista Gica Mesiara. É só escolher um local iluminado na casa e trazer o verde para dentro. O quadro é fixado com parafusos e buchas. A estrutura é vedada para evitar vazamentos e umidade, o sistema de rega pode ser computadorizado ou manual.
Outra ideia interessante é fazer jardins reutilizando palletes, blocos de concreto  ou sapateira.

Fonte: www.ciclovivo.com.br

terça-feira, 7 de maio de 2013

Feng Shui Indiano

Em todas as culturas sempre nos deparamos técnicas e cuidados para construir uma casa e harmonizar sua energia. Aqui no Brasil são muito conhecidas a técnica chinesa Feng Shui e a geobiologia de harmonização de ambientes.
Agora está chegando por aqui uma nova técnica de harmonização, a indiana. É a Vastu Vidya, a “Ciência de Morar Bem”. Vastu ou Feng Shui Indiano é mais antigo que o Feng Shui chinês, pois há registros desta técnica entre 5.000 e 10.000 atrás. O Vastu busca a harmonia do ambiente por intermédio da construção e da arquitetura. O objetivo é encontrar um equilíbrio entre o interior do imóvel e o exterior, para que os moradores se sintam bem e tenham mais energia na vida. O Vastu leva em consideração a localização do terreno e a sua forma, a melhor posição do imóvel no terreno, posição da porta de entrada, a distribuição dos cômodos principais na planta da casa, tipo de construção, as melhores cores etc.
O Vastu tem origem que remonta à filosofia védica hindu e está estreitamente ligado à astrologia: a harmonia do espaço corresponde ao bem-estar de seu povo. Se as casas respeitam os princípios cósmicos, como o movimento do Sol (leste), campo magnético (norte/sul), o movimento dos planetas, gravidade, tornam-se parte da estrutura do universo e vibram em harmonia.
Encontramos referências aos seres celestiais que comandam os diversos aspectos do universo já no Bhagavad-Gita, onde se encontra Indra (leste, saúde e prosperidade), Varuna (oeste, a cultura e a abundância de alimento), Kuvera (norte, riqueza), Yamaraja (sul, energia, poder e disciplina).
Esta técnica também é conhecida como Vastu Vidya. Vastu em sânscrito significa “vida”, e Vidya “ciência”, ou seja, a ciência da vida, que deve inspirar o design e fornecimento de casas de acordo com uma antiga tradição indiana, para permitir o fluxo adequado de energia. Logo, é importante para uma casa ser positiva ter seus ambientes limpos, arrumados e organizados.
O caos ou a bagunça em nosso campo bioenergético provoca em nossos pensamentos desorganização e poderá atrair desgraça e desconforto. Mas em um ambiente onde há ordem, tudo está arrumado e limpo, a nossa inteligência e nossos pensamentos tornam-se claros e a energia mais positiva. Tudo isso pode parecer um princípio de bom senso, mas muitas vezes é muito fácil deixar que as coisas deslizem nas “águas precárias da doença”.
Entre muitas recomendações do Vastu para um imóvel e seus moradores terem boas energias podemos citar:
1) Porta de entrada: a melhor posição segundo o Vastu é para o Leste ou Norte, favorável para entrada de energia e prosperidade. Esta porta de entrada deve estar bem firme, abrir com facilidade e totalmente.
2) Posição da cama desfavorável: no Vastu, a cabeça corresponde ao norte. Logo a cabeceira de uma cama não pode ficar posicionada para o norte, pois há conflito energético (dois polos iguais se repelem), causando problema de saúde para as pessoas.
3) Posição da cama favorável: para se ter uma boa noite de sono, a melhor posição da cabeceira seria para o leste.
4) Mesa de trabalho e estudo: deve ficar posicionado para o norte, assim terá boas influências energéticas. Na verdade, a pessoa sempre deverá sentar ou deitar olhando para o norte ou leste, as posições mais favoráveis.
5) No Vastu temos o quarto de banho separado do banheiro. Ou seja, quarto de banho é o local da higiene pessoal, o banho diário. A pessoa que toma seu banho deve olhar sempre para leste ou norte, pontos de entrada de energia vital. O vaso sanitário deverá ficar em outro cômodo na casa, bem longe do quarto de banho.
 

quinta-feira, 2 de maio de 2013

ILUMINAÇÃO


Um discípulo perguntou ao seu Mestre......Mestre, como me iluminar?

O Mestre respondeu com outra pergunta: Quem é você?

O discípulo responde: Eu não sei!

Vá para o mosteiro no alto da montanha e medite por 1 ano, volte quando descobrir....

Após um ano o discípulo retorna, o Mestre novamente pergunta, então: Quem é você?

Ahhh, ele responde: Eu sou luz, sou silêncio, sou consciência, sou um ser, sou o todo....

O Mestre fica decepcionado e diz: ok, você LEU tudo que podia e voltou com palavras prontas, volte para lá e fique 10 anos meditando, sem ler nada, vá vivenciar a resposta....

O discípulo volta emburrado e medita por mais 10 anos. Quando retorna, o Mestre de novo pergunta: então, quem é você?

O discípulo bravo responde: Não sei!!!

O Mestre sorri e diz, ok, bom começo, você tirou o  EU da resposta, está mais perto dela agora...

Volte e medite mais 10 anos...

Lá se foi o discípulo...

Porém, após 20 anos sem notícias do seu jovem discípulo o Mestre ficou preocupado e foi até o mosteiro ver se tinha acontecido

algo com ele...

Chegando no mosteiro, ele encontra o discípulo dançando  alegremente ao som de uma música...

O Mestre chega perto dele, o chama, o chacoalha gritando: Quem é você? Quem é você?

O discípulo sorri e responde: Quem se importa????

 

O que é É e pronto! Nada a fazer, nenhum lugar a ir....Wu wei!