Sim, você leu certo, não falarei aqui sobre o dar, o dar que
é socialmente aceito e incentivado. Nãoooo, falarei sobre a arte do receber e
sobre a culpa que este ato gera.
Muito mais do que um músculo que bombeia o sangue para que
este circule por todo o corpo, o coração é o centro de energia do ato de dar e
receber amor. Porém, para que este centro energético funcione de forma
saudável, é preciso trocar com o meio. Dar e receber amor, expressar e sentir afeto,
cuidar dos outros e se permitir ser cuidado, agir com compaixão e generosidade com
os outros e consigo por ai vai....
O receber é apenas o outro lado da moeda e deveria ser
naturalmente aceito, mas não é...
Me diga, quando alguém se oferece para te dar algo, sem
ganhar nada em troca, que seja uma simples gentileza ou um presente valioso,
você aceita numa boa? Ou se sente um peso, um incômodo, fica todo sem graça,
vermelho, querendo enfiar a cabeça em um buraco e dali só sair quando a pessoa
tiver sumido junto com sua gentileza e oferta despretensiosa?
Pois é, pelo que vejo por ai, tendemos a agir da segunda
forma, mas por quê?
Porque aprendemos desde pequenos a sermos bonzinhos, e uma
pessoa boazinha não incomoda, não pede nada, não precisa de nada, só se doa, se
doa, se doa....até que acabe sem energia toda cheia de dores ou doenças, que
cenário promissor!
Estou aqui para ajudar você a resignificar este paradigma do
mal. Somos sim merecedores, podemos sim receber presentes, carinho, gentileza
sem nos sentir mal, sem culpa, sem caraminholas na cabeça.
Se tivéssemos para conosco metade da paciência, do amor e
atenção que direcionamos aos outros, ahhhh como esse mundo se iluminaria!! Pois,
tudo começa dentro de nós. Se pudermos nos amar, nos acarinhar, nos valorizar,
conseguiremos enxergar o outro da mesma forma.
Pense nisso, nós somos tão preciosos e merecedores quanto os
outros.
Exercício da
semana: da próxima vez que alguém te oferecer um café, um almoço, uma
massagem, um reiki, um elogio, um anel de diamantes, que seja, abra seu coração
e aceite, receba e faça fluir essa energia que precisa circular para não
estagnar.
E se essa oferta não vier do outro, você mesmo poderá se
surpreender ao se presentear. Combinado?
Me conte depois como foi! Bjoka